quarta-feira, 13 de abril de 2016

Leituras # Harry Potter e a câmara dos segredos

Tinha este livro cá em casa há cerca de 4 anos e ainda não o tinha lido. Comprei-o numa feira do livro por uma bagatela. Na altura, adquiri-o pois nunca tinha lido nada da saga (nem sequer visto qualquer filme...) e, como tanto se falou sobre o assunto... tinha alguma curiosidade (não muita). Entretanto, há uns meses, fiz cá por casa uma seleção de materiais (livros, etc, etc, etc) que já não me faziam falta, que já tinha lido, de que já não precisava... ou seja, tentei desmaterializar. E tem dado resultados positivos, a todos os níveis. Este «Harry Potter e a câmara dos segredos» andava por cá perdido, sem ninguém o pegar para ler. Foi também para a lista de materiais a vender. E, como há uns dias o vendi, não o quis enviar, continuando na «ignorância» sobre esta J.K.Rowling. Em quatro dias, li-o. Apesar de não ter considerado que foi tempo totalmente perdido e de ter achado algumas partes bem interessantes, não me convenceu nada o livro. Nem o tipo de literatura. Não consigo entregar-me à história, apesar de admitir que a autora até consegue escrever de forma a que o leitor se entregue... 

terça-feira, 12 de abril de 2016

Leituras # Sul

"Este é um livro de viagens, um livro de alguém que, como nos sonhos de infância, teve a sorte de partir tantas vezes com pouco mais que um saco de viagem e uma máquina de filmar ou de fotografar. (...) Nem sempre viajei para sul, mas nada vi de tão extraordinário como o sul. O Sul é uma porta de avião que se abre e um cheiro inebriante a verde que nos suga, o calor, a humidade colada à pele, os risos das pessoas, o ruído, a confusão de um terminal de bagagens, um excesso de tudo que nos engole e arrasta como uma vaga gigantesca. Apetece fechar os olhos, quebrar os gestos e deixar-se ir. Mas é justamente neste caos que eu procuro a lucidez do contador de histórias."
Miguel Sousa Tavares

«Neste livro, Miguel Sousa Tavares partilha com os leitores, fotografias e experiências únicas de viagens a São Tomé e Príncipe, Amazónia, Egipto, Goa, Cabo Verde, Alentejo, Alhambra, Marráquexe, Costa do Marfim, Tunísia, Brasil, Veneza, Guadalupe, parque Kruger, em África e o deserto de Sahara.». Gostei particularmente da descrição desta última viagem, principalmente depois de ter lido «No teu deserto», que se passa exatamente na mesma viagem.
De uma forma geral, gostei do livro, apesar de não ter adorado. Aliás, foi um daqueles livros que fui protelando (desde Setembro até agora) depois de o ter iniciado. Mas recomendo.

sábado, 2 de abril de 2016

A leitura # No teu deserto

Este pequeno livro fez parte desta pequena viagem em família, nos últimos quatro dias. Contribuiu, também, para a melhorar. Comecei a lê-lo no carro, na ida. Prendeu-me desde a primeira frase. Conta a história de uma viagem, ao deserto do Sahara, do próprio autor e de uma jovem, que conheceu aí, há 20 anos atrás. Começa por dizer, no primeiro parágrafo do livro, que ela morre. Que no final ela morre. «Assim mesmo, como se morre nos romances: sem aviso, sem razão, a benefício apenas da história que se quis contar. Assim, tu morres e eu conto. E ficamos de contas saldadas.»
Li sempre que pude. Queria saber o que vinha depois. E por que razão acabava assim. Li, quase às escuras, no quarto de hotel, só com a luz que atravessava timidamente a cortina, de dia, enquanto dormias a sesta. Li no carro, enquanto nos deslocavamos para onde quer que fosse. Li, à noite, enquanto dormias, na casa de banho do quarto de hotel, o único local onde a luz não te importunava o sono...
Penso que esta ânsia só poderá significar que gostei do livro, deste «quase romance»... Continuo, no entanto, a questionar-me como pode este homem, Miguel Sousa Tavares, escrever assim...
“Escrever é usar as palavras que se guardaram: se tu falares de mais, já não escreves, porque não te resta nada para dizer.”

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