sábado, 30 de março de 2013

Música na literatura # 13

«No mesmo instante, os acordes majestosos e solenes da "Música da Água", de Handel, desceram tremulamente a escada, vindos do quarto de Sofia. E, muito abafada, ouvi uma gargalhada de Nathan.»
in A escolha de Sofia, de William Styron, pg. 90

«Mas, sem que o soubesse, devia estar aberta e receptiva aos poderes miraculosamente terapêuticos do Dr. W.A.Mozart, pois as primeiras frases da música - a grande "Sinfonia Concertante" em mi bemol maior - fizeram-na tremer toda, invadida por um prazer simples e sem complicações. E, de súbito, compreendeu por que motivo isso acontecia, por que motivo aquela música sonora e nobre tão cheia de peculiares e arrepiantes dissonâncias lhe inundava o espírito de alívio, reconhecimento e alegria. É que, para além da sua beleza intrínseca, tratava-se de uma obra cuja própria identidade ela procurara durante dez anos. A peça musical quase a enlouquecera quando o conjunto de Viena visitara Cracóvia cerca de uma ano antes do Anschluss. Sentada na sala dos concertos, escutara a obra fresca e nova como que em transe, com as janelas e as portas do seu espírito escancaradas para deixarem entrar as harmonias exuberantes, entrelaçadas e variadas e as loucas dissonâncias inexaurivelmente inspiradas. Numa época da sua juventude toda feita de descoberta perpétua de tesouros musicais, aquele foi um tesouro novinho em folha e supremo. No entanto, nunca mais voltara a ouvir a peça, pois, como tudo o mais, a Sinfonia Concertante e Mozart, e o lamentoso e doce diálogo entre violino e viola, flautas e cordas e metais tristes, tinham sido arrastados pelo vento da guerra numa Polónia tão árida, tão asfixiada pelo mal e pela destruição, que a própria ideia da música era uma excrescência grotesca.»
in A escolha de Sofia, de William Styron, pg. 140

sexta-feira, 29 de março de 2013

Movies in my week # 22 (136-139)

«TROCA DE CASAIS»

«Um casal dos subúrbios decide apimentar o seu casamento com uma divertida troca de casais.»
2011
IMDb: 4,2
Realizador: Jonathan Newman
Atores: Martin Freeman, Mandy Moore, Jonathan Silverman

É mais um filmezinho razoável. Não traz nada de novo e a classificação como comédia também não me parece muito assertiva. Enfim, deu para entreter...   
«QUANTO ME AMAS?»

«Afirmando ter ganho uma bela quantia de dinheiro na lotaria, um homem com um físico ingrato convence uma prostituta maravilhosa a ir viver com ele.»
2005       IMDb: 5,6      Realizador: Bertrand Blier 
Atores: Monica Bellucci, Bernard Campan, G. Depardieu

E lá fui eu à procura de cinema francês. Desta vez, não acertei num dos filmes típicos de que tanto gosto. Este é um filme que se vê bem mas que tem muitas partes péssimas. Na minha opinião, como é óbvio!


«PROCUREM ABRIGO»

«Depois de longas noites com pesadelos e alucinações, Curtis decide procurar ajuda psiquiátrica. Ainda assim, Curtis não consegue afastar o pressentimento de que algo terrível irá acontecer e constrói um abrigo para a família no quintal.»
2011      IMDb: 7,5       Realizador: Jeff Nichols
Atores: Michael Shannon, Jessica Chastain
Escolhi este filme porque tinha como atriz principal a Jessica Chastain. Não conhecia a atriz até a ver n'A Árvore da Vida. Gostei muito da sua interpretação, tanto no primeiro como neste. É uma atriz fantástica. O filme é bom. Prendeu-me do primeiro ao último minuto!
«O MENINO NICOLAU»
«Baseada nos famosos desenhos de Sempé, o filme narra as hilariantes aventuras de Nicolau, tanto em casa como na escola, mas vistas pela perspetiva de uma criança de 8 anos que procura lidar com o fascinante, mas incompreensível, mundo dos adultos.»
2009
IMDb: 7,0
Realizador: Laurent Tirard
Atores: Maxime Godart, Valérie Lemercier, Kad Merad

Adorei o filme. Típico do cinema francês. Achei-o delicioso! 

quarta-feira, 27 de março de 2013

O perfume # 135

«O PERFUME - HISTÓRIA DE UM ASSASSINO»
«França, século XVIII. UM órfão com um olfato excecional, inicia-se no universo dos perfumes e desenvolve uma obsessão patológica pelo odor feminino.»
2006
IMDb: 7,5
Realizador: Tom Tykwer
Atores: Ben Whishaw, Dustin Hoffman, Alan Rickman

O livro «O perfume» de Patrick Süskind foi, sem dúvida, um dos melhores livros que li desde sempre. Conseguiu envolver-me numa história muito cativante, inebriando-me os sentidos (e não só o olfato). É óbvio que um livro destes só podia dar origem a um filme muito bom, embora quase sempre os filmes baseados nestas histórias inebriantes deixam muito a desejar. É que não imaginava uma forma eficiente de transportar para a tela, as palavras e as emoções daquele livro. Parecia-me impossível de filmar! Sendo assim, nunca tive grande curiosidade e vontade de procurar o filme. Até surgir a oportunidade de o ver, ontem à noite. Foi uma surpresa muito positiva. O filme está magnificamente bem conseguido. O ator principal, Ben Whishaw, que faz de Jean-Baptiste Grenouille é soberbo. Não imaginava assim o Grenouille, mas aceito esta sua imagem a partir de agora. Como é que é possível sentirmos simpatia por um personagem como ele? O que é facto é que sentimos, tanto no livro como no filme, apesar de todas as atrocidades que comete. É um ótimo filme, uma das melhores adaptações que já vi serem feitas para o cinema, a partir de um dos melhores livros de sempre. 

terça-feira, 26 de março de 2013

Música # Ain't no sunshine

A árvore da vida # 134

«A ÁRVORE DA VIDA»
«Árvore da Vida acompanha o crescimento do filho mais velho, Jack, da inocência da infância até à desilusão da vida adulta, na tentativa de se conciliar na relação complicada com o seu pai, procurando, ao mesmo tempo, respostas para o sentido da vida». 
2011
IMDb: 6,8
Realizador: Terrence Malick
Atores: Brad Pitt, Sean Penn, Jessica Chastain, Hunter McCracken

«A árvore da Vida» é um filme artístico, para ser admirado, para reflexão. Apresenta-nos uma série de imagens, surreais, que nos sugerem a origem de tudo, a origem do Universo, a origem e a evolução da Vida, desde o princípio... Mostra-nos, de perto, o pormenor, como eu gosto, tanto das coisas pequenas, como da imensidão, como também o pormenor no sentimento... Fez-me (re)pensar o sentido da nossa existência, a transformação da matéria (da mesma matéria que integra todos os elementos); fez-me (re)pensar sobre o "como" e o "porquê" de nos encaixarmos neste Universo (o caminho da Natureza, a que o filme se refere) e sobre o "alto comando", a regência da nossa existência por Deus (o tal caminho da graça).
     Diz-nos o filme que apesar de sermos tão pequeninos neste gigantesco Universo, temos um sentimento que vale por todo ele, e esse sentimento é o Amor! 

domingo, 24 de março de 2013

Música # 31 Lacrimosa

Acabei de ver «A árvore da vida» e, enquanto me recomponho, fica uma das (absolutamente divinais) músicas do filme.

Mulherzinhas # 133

«AS MULHERZINHAS»
«Enquanto o pai se encontra a lutar na Guerra Civil, Jo, Meg, Beth e Amy crescem com a mãe em circunstâncias difíceis...»
1994
IMDb: 7,1
Realizador: Gillian Armstrong
Atores: Susan Sarandon, Winona Ryder, Kirsten Dunst, Claire Danes, ... 

Bem, escrever sobre esta obra não é, para mim, tarefa fácil. Ou seja, transmitir as sensações que me provoca não é simples. O livro «Mulherzinhas» de Louisa May Alcott foi um dos que me marcou a infância, fazendo parte integrante do meu processo de crescimento. Li-o inúmeras vezes, de maneira que já quase o sabia de cor. A cada nova leitura revivia os sentimentos que já me tinha causado. Adorava aquela mãe e as filhas, principalmente a Jo. A ingenuidade, a humildade, a beleza das suas atitudes (agora identificadas, à distância do tempo, claro) tinham algo de muito belo, já o sabia na altura... Há um episódio curioso, a propósito deste livro: andava eu no secundário (ou seja, muito depois destas leituras e releituras) e tinha uma disciplina, chamada TTI - Técnicas de Tradução de Inglês, na qual tive de fazer um exame final e o texto principal que tinha que traduzir era exatamente um excerto de «Mulherzinhas». Que deleite! Ainda por cima de uma parte de que, pelos vistos, me lembrava muito bem... Não sei. O que é certo é que nesse exame tirei 20. Pareceu-me um presente atribuído pelo destino, que recompensava os ensinamentos que tinha adquirido com a escolha deste livro como um dos meus...  E, como tal, um filme baseado nesse livro tinha que ser realizado de forma muito cuidada, segundo os meus preceitos... Vi ontem este, de 1994 (embora saiba que existe pelo menos mais um, muito antigo). Tem quase 20 anos, mas quase todas as atrizes são conhecidas. A mãe, interpretada pela Susan Sarandon, não podia ter sido melhor escolhida. A Jo é a Winona Rider, simplesmente uma das minhas atrizes de eleição; a Beth é interpretada pela Claire Danes (mas tem um destino muito diferente do do livro, que achei desnecessário); a pequena Amy é feita pela Kristin Dunst, com cerca de 12 ou 13 anos, numa interpretação que considerei fabulosa, mostrando a maravilhosa atriz que viria a surgir no futuro. Enfim, apesar do filme ter condimentos muito diferentes daqueles que existem na obra original, deu-me um prazer imenso revisitar a família March, passados tantos anos. Senti-me quentinha, aconchegada por esta história e por esta família tão especial...

sábado, 23 de março de 2013

As filhas do botânico # 132

«AS FILHAS DO BOTÂNICO»
«China, anos 80. Li Min, uma jovem órfã, e An, a filha de um disciplinado botânico, iniciam uma relação homossexual que terá consequências trágicas».
2006
IMDb: 6,5
Realizador: Sijie Dai
Atores: Mylène Jampanoï, Xiao Ran Li, Ling Dong Fu 

Guilin
É um filme maravilhoso, impregnado de magia, de realismo, que dá ênfase ao pormenor, que nos transporta para outra dimensão. Passa-se na China, anos 80, numa região linda, chamada Kunlin, com aquelas formações geológicas também existentes em Guilin (deixo a imagem), completamente maravilhosas. Em termos de espaços físicos, o filme é arrebatador. A música chinesa é inserida no filme exatamente nos tempos certos e é magnífica. Enfim, adorei o filme, apesar de ser extremamente dramático. O que é facto é que retrata o pensamento da sociedade chinesa daquela altura... Ficam algumas imagens.


Os amigos de Alex # 131

«OS AMIGOS DE ALEX»
«Um grupo de amigos dos tempos de liceu junta-se para um fim de semana numa casa na Carolina do Sul, depois do funeral de Alex, um dos amigos do grupo».

1983
IMDb: 7,1
Realizador:  Lawrence Kasdan
Atores: Tom Berenger, Glenn Close, Jeff Goldblum, William Hurt


Estou numa de ver todos os filmes antigos que são referências no cinema e que, por um motivo ou outro, ainda não vi. É o caso deste "Os amigos de Alex", do qual já tanto tinha ouvido falar mas nunca tinha surgido a oportunidade de ver.
Como vi ambos num curto espaço de tempo, não pude deixar de comparar este filme a «Pequenas mentiras entre amigos». Têm muitas semelhanças, pelo menos na ideia essencial que lhes deu base. No entanto, gostei mais do francês - envolveu mais, transmitiu mais sensações e, tal como já aqui disse várias vezes, sou uma grande adepta do bom cinema francês.
N'«Os amigos de Alex» deixo uma nota positiva para a banda sonora. Tem muita música dos anos 80, que nos faz viajar até ao passado: «You can't always get what you want», «A natural woman», «In the midnight hour», «Wouldn't it be nice», «Bad moon rising», «My girl», «I heard it throught the grapevine», e muitas, muitas outras...
É claro que gostei de ver uma Glenn Close e um William Hurt trinta anos mais novos, embora não desempenhem aqui um daqueles papéis marcantes de uma carreira.
E tem um momento extremamente emocionante... aliás, a prova de amizade maior que me lembro de ter visto no cinema... É um filme que vale a pena.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Música # 30 A pele que há em mim

Já ouvi muitas vezes, mas continua a saber-me muito bem...pelo que continuo a ouvir...

Movies in my week # 21 (127-130)

«ESPERA AÍ...QUE JÁ CASAMOS»
«Tendo início onde a maioria das comédias românticas terminam, o filme conta-nos a vida de um jovem casal, enquanto percorrem o atribulado e extremamente longo caminho até ao altar.»

Definitivamente, os filmes em que entra este Jason Segel são muito apalermados!

2012
IMDb: 6,2
Realizador: Nicholas Stoller
Atores: Jason Segel, Emily Blunt, Chris Pratt 



«A ESPERANÇA ESTÁ ONDE MENOS SE ESPERA»
«Lourenço tem 15 anos e é o melhor aluno de um exclusivo colégio particular, tem uma banda e é popular entre as raparigas. O pai é um treinador de futebol cuja carreira se desmorona quando ele se recusa a passar por cima dos seus princípios.»

2009
IMDb: 5,4
Realizador: Joaquim Leitão
Atores: Carlos Nunes, Virgílio Castelo, Ana Padrão...




«PLEASANTVILLE-VIAGEM AO PASSADO»
«David e Jennifer são irmãos gémeos, mas não podiam ser mais diferentes um do outro. Enquanto ela se compraz na sua sexualidade adolescente, ele entretém-se a estudar e a memorizar pormenores da série televisiva dos anos 50 "Pleasantville"...»

É um filme muito bem realizado e tem pormenores deliciosos!

1998
IMDb: 7,5
Realizador: Gary Ross
Atores: Tobey Maguire, Jeff Daniels, Joan Allen
«O DEUS DA CARNIFICINA»
«Os Longstreet e os Cowan reúnem-se civilizadamente para conversar a propósito duma cena de violência entre os dois filhos de 11 anos. Os dois casais revelam, numa tarde, a sua verdadeira natureza...»



2011
IMDb: 7,1
Realizador: Roman Polanski
Atores: Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz





quinta-feira, 21 de março de 2013

A leitura # 15 «Ficções»

Este livro já está na minha estante desde o ano 2000. Sempre o quis ler, sempre tive muita curiosidade mas, por este ou por aquele motivo, fui protelando e, só agora, o li. A minha ânsia de o ler prendia-se mais com o autor (o tão proclamado Jorge Luís Borges), do que com o livro em si. No entanto, esta é uma das suas obras mais conhecidas, no que à narrativa diz respeito. Na nota biobliográfica diz algo a que eu achei muita graça: «Embora nunca tenha recebido o Prémio Nobel da Literatura, Borges foi um dos escritores mais galardoados da história. (...) Borges afirmou que devia todos estes prémios aos escandinavos: eram como um desagravo que lhe faziam por não lhe outorgarem o Nobel». 
No prólogo, motivou-me aquela frase tão assertiva e verdadeira: «Desvario laborioso e empobrecedor é o de compor vastos livros; o de espraiar por 500 páginas uma ideia cuja perfeita exposição oral cabe em poucos minutos.»
No entanto, confesso que não me deliciei com a leitura deste livro. Antes de mais nada, é necessária uma concentração constante e absoluta, não há espaço para distrações, sob pena de não se entender absolutamente nada do que nos quer dizer Borges. É que ele nunca vai direto ao assunto. O livro está repleto de metáforas, a linguagem é poética, as ideias floreadas e rebuscadas,... Além disso, nunca gostei de histórias soltas, que eventualmente encaixam tipo puzzle, ou não, porque não têm que encaixar, enfim... Gostei, isso sim, das recorrentes alusões a livros e a bibliotecas, embora inventados (os livros e as bibliotecas), tudo ficcionado. 
Na pg.56, escreve Borges: «Tu que me lês, tens a certeza de que compreendes a minha linguagem?» e eu, aqui, fiquei a pensar. Será que compreendo? É claro que interpretei, de acordo com as minhas concepções... Mas, será que é possível perceber (completamente) a criação de alguém como Borges, que lia e relia, como ele escreveu, Schopenhauer, Quincey, Stevenson, Mauthner, Shaw, Chesterton, ... Será que conseguimos entender a alucinação? A este livro substituiria o título. Mais do que «Ficções» criadas por ele, pareceu-me estar a ler os seus Delírios, as suas Alucinações, ...

domingo, 17 de março de 2013

Movies in my week # 20 (123-126)




A quem, eventualmente, ler o que por aqui escrevo, deixo a mensagem: nem de longe, nem de perto, servem estes textos como crítica ou tentativa de análise. O seu único propósito é satisfazer as minhas necessidades de registo, como colecionadora e virginiana que sou. Para que não restem dúvidas ...


«ANA E AS SUAS IRMÃS»
«Hannah tem uma vida profissional e amorosa estável, mas tudo está prestes a mudar. No espaço de um ano, irão surgir complicadas ligações amorosas entre Hannah, o seu marido, o seu ex-marido e as suas irmãs»
Andava um bocadinho cansada de Woody Allen. (É que eu já "adorei" o trabalho deste realizador). Nos últimos tempos, tem-me apetecido regressar aos seus filmes e, concluo, que a pausa me fez muito bem. Volto a apreciá-los como antigamente. 
EUA, 1986          IMDb: 7,9
Realizador: Woody Allen
Atores: Mia Farrow, Dianne Wiest, Michael Caine 
«UM ACASO COM SENTIDO»
«Buddy troca de bilhete de avião com outro homem que acaba por morrer quando o avião se despenha. Ao confortar a viúva, Buddy acaba por se apaixonar por ela...»
Onde é que eu já vi isto? Definitivamente, foi entretendo mas não tem nada de especial. E não gostei nadinha do Ben Affleck!
EUA, 2000      IMDb: 5,5
Realizador: Don Roos
Atores: Ben Affleck, Gwyneth Paltrow



«19ª ESPOSA»
«Numa seita defensora da poligamia, Beckylyn é acusada de assassinar o marido. Queenie está convencida que a amiga não seria capaz de tal violência, por isso pede ajuda ao filho da amiga, Jordan, para provar a inocência da mãe.»
Já há uns tempos que me interessa muito esta temática. A poligamia na comunidade mórmon, perto de Salt Lake City. Li um livro muito esclarecedor sobre o assunto e esperava um filme que retratasse bem a situação. Este, no entanto, acabou por derivar para homicídios e jogos do gato e do rato, fugindo um pouco à questão que me interessa
EUA, 2010        IMDb: 5,2
Realizador: Rod Holcomb
Atores: Chyler Leigh, Matt Czuchry, Alexia Fast
«A RAINHA»
«Depois da morte da princesa Diana, a rainha Elizabeth II luta com uma série de acontecimentos que ninguém poderia ter previsto.»

Não adorei o filme. Gosto, sobretudo, de biografias que me façam entender personalidades. Neste caso, o filme debruça-se sobre uma época muito específica e não vai para além disso. Esperava mais...

2006
IMDb: 7,4
Realizador: Stephen Frears
Atores: Helen Mirren, Michael Sheen, James Cromwell 

sábado, 16 de março de 2013

Música # 28 Falling

A relembrar outros tempos... (Com uma ajudinha da minha manocas...)
Continuo a gostar tanto desta música e faz-me sentir bem ouvi-la! Apesar de não me lembrar de nada do contexto em que a ouvia, na altura, é capaz de ter sido um tempo bom. 

quinta-feira, 14 de março de 2013

O que se faz sem obrigação...

Concordo na totalidade!

Alguns presentes

Isto é um Llaisi, quase igual ao que eu recebi. Um envelope vermelho  que, normalmente, é distribuído durante a festa de Ano Novo chinês. Estes "llaisis" representam uma oferta para quem é presenteado e para quem oferece, que chama para si, também, a  felicidade e a boa sorte. O meu envelope trazia patacas.
E mais alguns dos presentinhos que atravessaram o mundo:


 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Movies in my week(end) # 19 (118-122)

E voltamos aos fins de semana de grandes filmes! Neste conseguimos ver cinco! Destaco positivamente: «O meu maior desejo», «Matchpoint» e «Expiação».

«O meu maior desejo»
«Koichi e Ryu são dois irmãos que vivem em cidades diferentes, após o divórcio dos pais. É inaugurado um novo serviço de transporte entre as duas cidades e Koichi convence-se que um milagre permitirá o reencontro com o irmão.»
Que prazer me deu ver este filme japonês. Baseado em situações simples, banais do dia-a-dia, prendeu-me do início ao fim. Muito realista e intimista. 

2011, Japão
IMDb: 7,3
Realizador: Hirokazu Koreeda
Atores: Koki Maeda, Ohshirô Maeda, Hiroshi Abe


«O dia chegará»
«Rémy é um adolescente humilhado pelo facto de ser ruivo. Quando entra em rutura com a família encontra Patrick, um sociopata que vê nele um discípulo. Começa então um desconcertante processo de libertação que termina numa fuga rumo à Irlanda»
Filme poderoso, sobre o modo como a sociedade pode ferir e sobre o ódio que se pode desenvolver a essa mesma sociedade. 
2010, França           IMDb: 6,0
Realizador: Romain Gavras
Atores: Vincent Cassel, Olivier Barthelemy
«Descaradamente infiéis»
«Uma divertida coletânea de histórias sobre a infidelidade masculina, vista pela perspetiva de sete realizadores.»
Bem, divertido, divertido, não diria. Até é um pouquinho deprimente, se for analisado sob o ponto de vista de uma mulher... Tem um outro aspecto interessante mas, de um modo geral, não adorei.

2012, França
 IMDb: 5,4
Realizadores: Emmanuelle Bercot, Fred Cavayé, ...
Atores: Jean Dujardin, Gilles Lellouche, Lionel Abelanski

«Matchpoint»
«Um homem que casou com a filha de um financeiro inglês, não resiste à atração pela futura cunhada, começando uma relação que escapa perigosamente ao seu controlo.»
Um óptimo filme de Woody Allen. É dos mais envolventes que vi do realizador... Apetece-me voltar a investir nos seus filmes.

2005
IMDb: 7,7
Realizadores: Woody Allen
Atores: Scarlett Johansson, Jonathan Rhys Meyers, Emily Mortimer



«Expiação»
«Em 1935, uma escritora de 13 anos, Briony Tallis, e a sua família vivem uma vida de riqueza e privilégios na sua ostentosa mansão. No dia mais quente do ano, gera-se uma atmosfera asfixiante, por culpa da ágil imaginação de Briony». Baseado no livro de Ian McEwan.
Gostei muito do filme, sobretudo da performance desta atriz que ando agora a descobrir, Keira Knightley, soberba em tudo o que faz!
2007         IMDb: 7,8
Realizadores: Joe Wright
Atores: Keira Knightley, James McAvoy, Brenda Blethyn

quinta-feira, 7 de março de 2013

Movies in my week#18 (113-117)







Eu, que sou pouco adepta de filmes violentos, numa semana em que precisava de calma como de pão para a boca, tive uma pontaria incrível e só acertei em filmes desse género. É que nos resumos nada o fazia prever! «Da Rússia com amor» e «Nas suas mãos» já são algo agressivos, mas, «Irmãos de Exílio» tem cenas de uma violência atroz (para me ter feito lembrar o Irreversível, imagine-se...). «Amigas» tem algumas cenas de violência psicológica, embora não fosse tão "ofensivo". Salvou-se, ali pelo meio, o «Bean», que me arranca sempre umas belas gargalhadas e, como tal, me faz sempre bem! Resumindo, apesar de não considerar mau nenhum destes filmes, há momentos para tudo e tenho a certeza que os apreciaria melhor num outro contexto psicológico da minha parte, pelo que foram, simplesmente, escolhas desadequadas para aquele meu tempo. 

«Da Rússia com amor»
«John Buckingham procura noiva através de uma agência na internet. É assim que conhece Nadia, uma jovem russa disposta a casar com ele. Ao ir buscá-la ao aeroporto, descobre que Nadia só fala russo...»
2001
IMDb: 6,0
Realizador:  Jez Butterworth
Atores: Nicole Kidman, Vincent Cassel, Ben Chaplin
«Amigas»
«A história de cinco adolescentes que se unem ao enfrentarem um professor que as assediou sexualmente.»
1996
IMDb: 5,8
Realizador:  Annette Haywood-Carter
Atores: Hedy Burress, Angelina Jolie, Jenny Lewis 


«Irmãos de exílio»
«Dois jovens refugiados do Curdistão, recentemente chegados à Alemanha tentam sobreviver à vida ocidental. O seu encontro com turcos terá consequências trágicas.»
2005
IMDb: 6,3
Realizador: Yilmaz Arslan
Atores: Xevat Gectan, Erdal Celik, Bulent Buyukasik

«Bean»
«Bean é encarregue de acompanhar um famoso quadro na sua viagem para uma galeria de Los Angeles.»
1997
IMDb: 6,0
Realizador: Mel Smith
Atores: Rowan Atkinson, Peter MacNicol, John Mills 



«Nas suas mãos»
«Casada e mãe de uma rapariga, uma jovem agente de uma companhia de seguros deixa-se cortejar por um inquietante veterinário»
2005
IMDb: 6,3
Realizador: Anne Fontaine
Atores: Benoît Poelvoorde, Isabelle Carré



domingo, 3 de março de 2013

Dos meus sublinhados... # 1

«Apesar de tudo, já não é nada mau que assim seja. De um modo geral, o mesmo não acontece no Universo, pelo menos que se saiba. O que não deixa de ser estranho, porque os átomos que com tão boa vontade e generosidade se agregam para formar os seres humanos aqui na Terra são exatamente os mesmos que se recusam a fazê-lo em todo e qualquer outro lugar. A vida pode ser muitas coisas, mas do ponto de vista químico, é curiosamente simples: carbono, hidrogénio, oxigénio e azoto, um pouco de cálcio, uma pitada de enxofre, uns pozinhos de outros elementos muito corriqueiros - nada que não possa encontrar numa farmácia normal - e pronto, não é preciso mais nada. A única caraterística especial dos átomos que o constituem a si, é o facto de o constituírem a si. E nisso consiste o milagre da vida.»
«Breve História de Quase Tudo», de Bill Bryson (pg. 16)

sábado, 2 de março de 2013

Movies in my week # 17 (108-112)


«O arremesso»
«Internado numa clínica psiquiátrica desde os 12 anos de idade por assassinar a mãe e o seu amante, Karl Childers volta à cidade natal, já homem feito, onde faz amizade com Frank, o jovem filho de Linda...»

Filme genial que me fez lembrar um dos meus preferidos de sempre: Ratos e Homens. Billy Bob Thornton está magnífico nesta interpretação!

1996
IMDb: 8,0
Realizador:  Billy Bob Thornton
Atores: Billy Bob Thornton, Lucas Black


«Querido Frankie»
«Depois de escrever inúmeras cartas para o filho a fingir que quem escreve é o pai, uma mulher contrata um estranho para fingir que é o pai do seu filho»

Extremamente intimista, prende-nos numa parafernália de emoções. Filme magnífico.

2004
IMDb: 7,7
Realizador: Shona Auerbach 
Atores: Emily Mortimer, Jack McElhone, Gerard Butler




«O leitor»
«Em 1966, um estudante de direito reconhece a sua antiga amante entre um grupo de mulheres acusadas de crime de guerra durante o regime nazi»

É mais um filme baseado no Holocausto. No entanto, vai muito para além disso. História muito bem  construída, sobre a "complexidade da moral humana e as repercussões das nossas ações ao longo de toda a vida".
2008
IMDb: 7,6
Realizador:  Stephen Daldry
Atores: Kate Winslet, Ralph Fiennes, Bruno Ganz



«O homem da sua vida»
«Com um casamento aparentemente feliz, Frédéric começa a questionar a sua sexualidade quando conhece o seu vizinho, homossexual assumido»

Talvez porque as minhas expectativas para este filme fossem altíssimas, não o apreciasse como deveria, embora reconheça que é um bom filme.
2006
IMDb: 6,6
Realizador:  Zabou Breitman
Atores: Bernard Campan, Charles Berling, Léa Drucker



«Uma vida a dois»
«Ben e Katie eram um casal feliz, casados há 15 anos e com dois filhos que adoravam. No entanto, Katie sente que a sua relação estagnou e precisa de algo novo.»

Uma perspetiva sobre o modo como as rotinas afetam as relações duradoiras e como "sobreviver-lhes".

1999

IMDb: 5,7
Realizador: Rob Reiner
Atores: Bruce Willis, Michelle Pfeiffer

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