segunda-feira, 1 de abril de 2013

Música na literatura # 14

«-A Sofia ligou a música - comentou Nathan. - Tento convencê-la a dormir até tarde, nas manhãs em que não tem de ir para o trabalho, mas ela diz que não pode. Diz que, desde a guerra, nunca mais foi capaz de reaprender a dormir as manhãs na cama. 
- Como se chama aquilo que está a tocar? - era irritantemente familiar, qualquer coisa de Bach que eu tinha a obrigação de conhecer, como se o tivesse aprendido no 1º livro de música que tivera em criança, mas que esquecera inexplicavelmente.
- É da cantata 147, aquela a que em inglês deram o título de Jesu, Joy of Man's Desiring.
- Invejo-lhe aquele gira-discos...e aqueles discos. São caros como fogo. Uma sinfonia de Beethoven custar-me-ia um bom naco daquilo a que costumava chamar o salário de uma semana.»
in A escolha de Sofia, de William Styron, pg.173
«Longo silêncio. Sol ofuscante, gaivotas recortadas num céu muito azul. Penacho de fumo no horizonte. Um dia maravilhoso, a merecer um hino só para si, como a Ode à Alegria, de Schiller
                       in A escolha de Sofia, de William Styron, pg.188

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