sábado, 19 de março de 2016

A leitura # Conversas de Escritores # 1

Nestes últimos tempos não tenho lido praticamente nada. O que não me deixa satisfeita, nem sossegada. Ler é muito importante para o meu bem-estar e para a minha sanidade mental. Mas o tempo que me resta depois de todas as tarefas cumpridas é pouco e acabo por optar por outras atividades que me descansem mais o cérebro. Não é que ler não me descanse o cérebro... mas há outras que o descansam muito mais! Tenho iniciados vários livros e não acabo nenhum. Não consigo entender bem isto. É algo novo, que não acontecia anteriormente. Acabava sempre ou quase os meus livros. A não ser que fossem intragáveis. O que nem é o caso. Estou a ler então: «Sul», de Miguel Sousa Tavares; «Um começo inteligente para o seu bebé»; «De animais a Deuses: breve história da humanidade» e «Cemitério de pianos», de José Luís Peixoto. O meu objetivo era acabá-los antes de iniciar qualquer outro. E por isso fui adiando pegar num novo. Mas nem lia os iniciados nem lia nada... Então decidi começar outro!
Hoje iniciei «Conversas de Escritores» de José Rodrigues dos Santos. Ainda só li a conversa com dois escritores. São 10. Com Ian McEwan e com Luís Sepúlveda. 
Diz o José Rodrigues dos Santos que «Um escritor é grande quando gostamos muito do que ele escreve. Embora aceite que esta definição é exasperantemente redutora, não encontrei nenhuma que fosse mais operacional.» Destes dois escritores conheço muito pouco. De Ian McEwan li «A criança no tempo», de que gostei. Não adorei. E vi o filme Expiação, baseado num dos seus livros. Diz o autor na entrevista que «Uma das grandes forças dos romances é mostrar-nos o que é ser outra pessoa». Concordo plenamente e é este um dos motivos que torna tão fascinante a leitura, principalmente quando as personagens estão bem trabalhadas e construídas.
O outro autor, cuja entrevista já li, é o chileno Luís Sepúlveda. Também conheço muito mal. Só li «Diário de um Killer sentimental» e também não adorei. As duas principais ideias que me ficaram desta entrevista foram «a leitura fundamentalmente tem de proporcionar ao leitor aquilo a que se chama possibilidade de evasão» e «quando lemos um livro desligamo-nos da realidade e, consoante o que tenhamos lido, voltamos à realidade em melhores condições, um pouco mais inteligentes, um pouco mais alegres. Essa é a única função que o livro tem.» Não podia concordar mais. 
Vamos prosseguir as entrevistas, que estou a gostar!

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