quarta-feira, 27 de junho de 2012

Exposições # 4 Um domingo bem recheadinho de CEC

      O domingo passado foi dedicado a atividades no âmbito da CEC. Para além de «Tempo para sentir» (à noite), durante a tarde, foi um corridinho. Começamos pela Plataforma das Artes e da Criatividade, um dos ex-libris, finalmente inaugurada. Fiquei agradavelmente surpreendida. É magnífica. Que seja bem aproveitada, é o que espero. A exposição «Para além da História» reuniu três coleções de José de Guimarães (arte tribal africana, arte pré-colombiana e arte arqueológica chinesa), muitas obras da sua autoria e (poucas) de outros artistas. 


     Após a visita às exposições, dirigimo-nos à Fábrica ASA para adquirir as moedas de 2 euros, comemorativas da CEC 2012. Aproveitaríamos para ver a exposição de Christian Boltanski, que está lá desde sexta feira passada. E nada mais: os objetivos eram esses! Mal sabíamos nós que muito mais havia para usufruir. Assim, depois de bem hidratados porque o calor era imenso, sentamo-nos no curioso auditório da ASA e começamos por assistir a uma apresentação de jovens músicos. Engraçadito, nada mais. Depois, lá fomos procurar Boltanski. Esta sim, foi uma exposição surpreendente! Tem dois trabalhos:  «Dança Macabra» e «Último Segundo». Boltanski é um artista parisiense que disse o seguinte sobre as suas exposições: «A roupa de alguém, a fotografia de alguém, ou um corpo morto, são objetos que remetem para uma pessoa ausente» - é isso que se sente naquela sala escura: a ausência, parece que faltam ali pessoas - os casacos movem-se, sem corpo, apoiados num carril colocado no tecto. Disse «É como um cemitério, a igualdade na condição humana»... Há então um cronómetro, no fundo da sala, com números gigantes, vermelhos (estranhos) que vai contabilizando, os segundos de vida do artista. A sala estava muito escura, sentia-se frio e quase silêncio, apenas o som mecânico do carril. Parecem trabalhos tão simples mas deram-me tanto que pensar! 

    No piso inferior, visitamos a exposição «Emergências 2012». Interessante. Uma mistura de arte e ciência em grande parte dos trabalhos expostos. Esta tem que ser visitada com mais calma, para se entender melhor alguns "estudos", pelo que tenciono lá voltar. 


   Por último, ainda na ASA, fomos convidados a assistir a uma performance «I've got you under my skin», que resultou de um workshop realizado com cantores de um coro das redondezas, tentando «colocar no espaço aspectos da música, transformando o espaço através da voz e da relação física entre os intérpretes». Como só foram 20 minutinhos, não considero tempo perdido!
À noite, depois de «Tempo para sentir», lá fomos espreitar novamente a Plataforma e Shelter ByGG, escultura habitável instalada ao seu lado.  Esta também vou explorar melhor, até porque fica na rua até outubro. 


1 comentário:

Anónimo disse...

Eu também assisti a estas performances e, apesar das descrições, ora feitas no blog, ora efetuadas por críticos, que enfatizavam para uma simplicidade de processos relacionados com as obras em questão, estas remetem-nos para as profundezas labirínticas do pensamento. Dão mesmo que questionar!

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