terça-feira, 19 de junho de 2012

Pontos de vista # 2

       Hoje foi o dia da Prova Final de Língua Portuguesa para os alunos do 6º ano. Não sou professora desta disciplina, nem nada que se pareça. Não tenho por hábito tecer juízos de valor sobre os conteúdos deste ou daquele exame. Salvo uma ou outra exceção...Mas, por acaso, as provas de Português gosto de analisar... Por curiosidade, sobretudo, mas também para perceber o que exigem aos nossos miúdos da sua língua materna e que autores lhes dão a conhecer.
       Estive agora a tentar responder às questões. Como uma mera espetadora, enfim! (Ai, que esta palavra soa-me tão mal).
       Começa com um texto de Saramago. Sim, de José Saramago! Não me enganei. É claro que é um texto retirado de um livro escrito para crianças, «A maior flor do mundo». Mas, na minha opinião, aquele excerto que saiu na Prova só poderá ser interpretado por adultos. Talvez seja um bom texto para um pai ler ao seu filho, explicando-lhe depois a lição de moral. Sozinhas, crianças de 11 anos, não chegam lá! Ou estarei muito enganada. Mas não me parece.
       Eu, que estou habituada a ler, a interpretar e que vou conhecendo o estilo de Saramago, tive que reler para entender... Por isso, fico a pensar: não será, realmente, pedir demais a miúdos tão pequenos, cuja capacidade de abstração ainda está tão pouco desenvolvida? Não estaremos a promover a frustração? O que há de positivo na ambiguidade das questões? É que não consigo mesmo entender. Ou talvez consiga. Mas isso não é assunto para agora!


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